sábado, 4 de dezembro de 2010

Tarde companheira

cada gota
um pensamento...

uma xícara de chá de gengibre com mel,
um papel, um lápis,
eu e meu coração,
um poema sobre solidão.

acompanhada da chuva

z

z

z

o tempo vai passando,

o silêncio do fim da tarde
assopra em meu ouvido
e diz-me
que não há melhor companhia
do que a chuva do entardecer..

cada gota um sentimento.

a chuva que limpa a cidade
a chuva que faz música
e canta paz.


E o meu vazio, lúcido,
se preenche com o som dos sentidos
da inteireza de minha alma
nessa tarde companheira.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

sem pretensão

Seu silêncio é minha inspiração..

Suas palavras são minha melodia..

Seus medos são minha desilusão

Nosso encontro é sempre um primeiro encontro.

O que já sei de ti é o suficiente

para alimentar luz em mim.

Contanto que esse amor aconteça,

sem pretensão.

Contanto que o amor seja,
simplesmente
seja
amor.

Castelo de Areia

nosso amor é como castelo de areia..

se desmancha toda vez que o mar avança

e é refeito toda vez que uma criança chega.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ser permitir amar - parte II

Para quem ainda não permitiu se amar
amando todo dia ao passo de crescer...

quem ainda não se permitiu
como alma, amar..

que permita repetir seu jeito de amar
todos os dias quando acordar,

quantas vezes for...
aonde for,
com quem for...

até que encontre o vazio do amor

até que sua intenção de amar

não precise convence-lo

sobre necessidade do amor...

o amor é natural
como nascer
e morrer.

O amor é como ar...

Desvendando - ME

Me sinto nua

num deserto.

de mim caem vendas cinzas,

transformo-ME

transparente feito água.

o sol me queima
e ardo viva
por ser carne.

de mim não sobra nada

nada que o céu não possa tocar-ME

Todo dia

algo me move...

por que razão

perdemos a memória

de nossa existência?

Teia

como chama acesa

do fogo interior

acesso-me

te-Sendo

em mim

a teia viva

sem fim.

Tsá Porang