Ontem acordei
e como de costume,
fui molhar as plantas na varanda.
Eis que enontro um filhote de passarinho
encolhido no canto da sacada.
Fui tocá-lo na esperança de sentir seu coração pulsando..
E as penas começaram a soltar-se de seu corpo
como sua alma, que já havia partido para outro mundo.
Os passarinhos que habitam Curitiba
pedem árvores e ar livre
para voarem sem o tempo que criamos...
Nos pedem de volta o espaço
que deles tiramos
com prédios, concretos e
vidros que iludem
seus destinos.
O passarinho foi enterrado no meu vaso
de boldo do Chile
e sua alma passa bem.