quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dia fora do tempo

Digo que este dia é hoje.

Observo o tempo, o pomo,
acordo e já estou com sono.

Talvez porque não dormi
o sonho que vivo em mim,
ou na graça que vejo em artistas de rua,
talvez seja amor escondido
nas esquinas
ou nas possíveis
grutas ...

grutas que pingam a água
do meu silêncio.

Horas se passam,
e nem vejo o tempo passar
porque das gotas lúcidas
encontro o amor
que expulsa
meus medos...

mesmo não imaginando
de onde eles vêm,
acredito que as palavras
são construídas
a partir de uma concepção
aceitável de sentimentos
à flor da pele.

Se falarmos de amor,
se acreditarmos
no preenchimento do medo
somos algo mais,
somos o devaneio perdido
do amor dito,
somos a concepção do amor citado.

Ou simplesmente
somos amor
na ardência
da imaginação
ou da razão
que não nos leva a lugar nenhum
quando ficamos presos no tempo.

Kelwin Willian e Fernanda Dorta

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