quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Passagem do passarinho

Ontem acordei
e como de costume,
fui molhar as plantas na varanda.
Eis que enontro um filhote de passarinho
encolhido no canto da sacada.
Fui tocá-lo na esperança de sentir seu coração pulsando..

E as penas começaram a soltar-se de seu corpo
como sua alma, que já havia partido para outro mundo.

Os passarinhos que habitam Curitiba
pedem árvores e ar livre
para voarem sem o tempo que criamos...

Nos pedem de volta o espaço
que deles tiramos
com prédios, concretos e
vidros que iludem
seus destinos.


O passarinho foi enterrado no meu vaso
de boldo do Chile
e sua alma passa bem.

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