quarta-feira, 31 de agosto de 2011

poeta de janela

via o mundo lá fora
e declamava aos pássaros
o que não contava ao mundo

por horas debruçava-se
com seus cotovelos
apoiados nas largas
janelas de madeira branca...

e ficava ali
conversando
consigo.

no silêncio e na melodia
do vento
entre abismos do vazio
e plenitude da existência,
vivia o tempo real

E essa era sua poesia.


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