Jurei
que não precisava ter medo.
não tive.
Me aproximei de Jurandir,
morador de rua,
que buscava um papelão para se deitar.
Em poucas palavras,
me falou sobre o amor..
a saudade de casa
e dos filhos.
me falou da fome,
da dor e da esperança.
falou pouco,
disse muito.
sorriu
e dormiu
para no dia seguinte
buscar sua identidade.
qual a identidade de Jurandir,
sozinho na cidade grande?
a identidade
que ele buscava
ter para se encontrar
era
um documento
que não documenta
a vivência
de Jurandir
no mundo.
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